OH NAQUELE TEMPO...NÃO SE TINHA PRESSA ERAM CONVERSAS DAS NOITADAS SEM FIM !
Muitas vezes em se tratando de fé em Cristo acontece a divisão familiar;
Assim disse-nos o Mestre:
Eu vim trazer a divisão familiar e eu vim trazer
a espada...(a espada da fé e da justiça)
Vim trazer divisão entre um homem e seu pai... Vim trazer a divisão
Entre a mãe e a sua filha e entre a nora e sua sogra...?
Muitas vezes os maiores inimigos de um homem estão
dentro de sua casa, no meio de sua família e no meio dos seus parentes...
Mas o seu Espírito Santo na nova dispensação dos tempos veio trazer
A boa mensagem de fé e reconciliação familiar.
E ele converterá o coração dos pais para os seus filhos
e reconciliará o coração dos filhos para com os seus pais...
(Textos de Mateus capitulo 10:34-36 e Malaquias 4:6)
Em figura abaixo nos mostra a cidade natal - Blumenau dos velhos tempos e dos tempos modernos... mostra o estilo dos velhos casarões das Festas de Outubro - Terra Das October Fest e outras festas....
Sou Nascido em Blumenau - Terra da Bela Santa Catarina !
Relembro com saudades de meu pai e mãe: do tempo em que se separavam...?
Eu tinha dois anos de idade deste tempo pouca coisa me lembro.
Dizia a nossa "santa mãezinha" em seu coração:
Oh meu Deus ! Oh Meus filhos ! Agora, para aonde iremos nós...?
Um anjo sussurrou-lhe mansamente ao seu ouvido dizendo:
Vamos todos para a casa da vovó Casimira e do avô João Odwazny!
Que ficava em Massaranduba - povoado de Guaraní-Açú.
E, com receio e humilhados lá fomos nós... Seja o que Deus quiser !
Confesso na saudade, que nunca conheci
bem a fundo o coração de meu velho pai...
Seu Stachek, Stanislau Czaplinski e dona Juliana !
Meu velho pai, foi um pai ausente...
Só cheguei a conhecê-lo de verdade aos 22 anos de idade,
Ele não permitia, que a gente se aproximasse de sua pessoa...?
Mas acho que, uma coisa faltava ao meu velho pai era o amor pela sua família.
Minha mãe, dona Juliana fazia o que podia para sobreviver!
Com a ajuda dos avós, tios e amigos fomos criados, graças a Deus !
Éramos quatro filhos ao todo:
Meu irmão Felipe, eu e as duas irmãs
A Guinha e a Lu (apelidos).
Nossas irmãs foram dadas para a adoção:
Como não se tinha lugar para todos nós na casa de nossa vovò,
Foi decidido que, deveríamos ir para a adoção, isto é,
Deveríamos ir para a casa de alguém...? Somente não se sabia para aonde?
A principio os escolhidos para a adoção era meu irmão e eu?
Mas pelas consultas prévias entre os nossos parentes ninguém nos queria adotar?
Os meninos eu e meu irmão, todos os interessados em adoção diziam:
Ah! mas se pelo menos fosse uma menina para nos ajudar a cuidar da casa?
Por esse motivo meu irmão e eu escapamos do leilão para adoção?
Mas, uma coisa estava decidida, nós iríamos para a adoção;
Minhas irmãs ou eu meu irmão; filhos ou duas filhas seriam dadas para adoção,
Custe o que custasse assim dizia a nossa avó;
Aqui não temos lugar para todos, acrescentava a nossa avó?
A casa de meu avô nesta época, como era uma casa de roça tinha bastante gente,
Os meus tios quase todos solteirões estavam em casa, não casavam?
Dizia a nossa avó para os seus filhos solteirões:
Porque vocês não se casam, com tantas mulheres bonitas por aí...?
Pelos meus cálculos se tinha umas doze pessoas na casa do avô,
Dentre essas pessoas dez eram homens,
As mulheres da casa eram:
Minha mãe e minha avó. Haja comida e roupa lavada para todos?
Dizia nossa avó.
Daí, poderemos ver e sentir um pouco um dos motivos
E o por quê não éramos tão bem vindos na casa?
E o porque da preocupação constante de minha avó para com toda a sua família?
Foi assim neste ambiente e neste tempo de dificuldades e tribulação
Aparecemos nós na casa de nossa avó.
Mesmo assim, a vida continua e o projeto de nossa adoção também.
Depois de tantas reuniões e discussões de família, quem fica com quem?
Ficou então decidido: Minhas duas irmãs iríam para a adoção.
Minha irmã Guinha ( 4 anos) foi morar com uma tia em um local chamado Treze de Maio
MASSARANDUBA -SC. TERRA DAS ALAGOAS E TERRA DOS VERDES E BELOS CAMPOS DOS ARROZIAS, DO ARROZ QUE VEM REVERDECENDO DO BREJO...
Minha irmã Lúcia( 7 anos) foi morar com uma prima em Curitiba.
Minhas irmãs até os dias de hoje não conseguem perdoar a nossa mãe pela adopção...?
Assim diziam as minhas irmãs:
A nossa mãe dona Juliana nunca ia visitar-nos... ?
Se foi, uma ou duas vezes ,dentro de um período de tempo aproximado de 10 anos?
Assim o nosso tempo passou e a saudade veio atrás...
Foi neste momento que entra em cena o tio Júlio, irmão de minha mãe,
Com o decorrer do tempo ele resolve nos adotar como um tio e pai-adotivo?
Todos nós morávamos na mesma casa de roça, casa de nosso avô.
Tio Júlio era um homem solteirão, mas homem de um coração bom.
Durante muito tempo foi o nosso tio e amigo.
Levava meu irmão e eu para as festas de |Igreja, Nos levava passear as vezes,
Contava as histórias para nós, ia até a Venda-Armazém de roça do seu Wolf
E lá nos comprava as balinhas, os capilés, as gazozas etc.
Enfim, ele foi o nosso amigo por durante muito tempo.
Porém, assim nos diz o poeta e músico:
Mas, as marcas dos desenganos ficou ... e só o amor pode apagar...?
E só o perdão aliado ao amor maior,
Podem fazer apagar essas nossas dores do passado e do presente...?
Sempre digo para as minhas irmãs: Ninguém neste mundo é perfeito.
Deus é bom e sempre usa para conosco a boa pedagogia do sofrimento,
Assim nos diz o apóstolo Paulo:
Não te deixes vencer pelo mal mas vença o seu mal com o bem...
È isso mesmo, ter a capacidade na alma e no coração para;
Vencer o mal, vencer a dor e vencer o abandono dos pais,
Fazendo e praticando o bem, essa é a pedagogia de Cristo
Nos santos evangelhos.
Tende por motivo de grande alegria quando tiverdes que passar por
Várias tribulações da vida: Assim nos diz o apóstolo Tiago porque:
A tribulação produz fé e esperança e o amor maior.
Então, Graças a Deus! com a sua ajuda nós vencemos!
Seu Stachek nosso pai como era chamado pelos seus vizinhos,
Gostava de caçar e pescar, gostava também trabalhar na roça...?
Gostava de fazer as festas de comemoração das colheitas de: arroz e feijão etc.
À moda dos índios... a moda dos bugres... como bem dizia meu pai,
Não sei aonde ele aprendeu estas maneiras diferentes de comemoração,
Dizia que foram os índios que o tinham ensinado, qual das tribos ele não sabia...?
Era uma maneira rude de SE dar Graças a Deus, e dizer:
DEUS SEJA SEMPRE LOUVADO,
Se tinha bastante explosões de foguetes e rajadas de balas de revólver,
Como também, bastante tiros com sua velha espingarda de pólvora e chumbinhos.
Relembro a casa onde eu morava, lá no alto do morro, ao lado do Riacho.
A plantação do canavial ao redor da casa da vovó e do avô velho João Odwazny.
Relembro os velhos ranchos de engenho da cana de açúcar !
Dos bois de canga,bois de canga e de trabalho,
o boi Estrelo e o boi Redonho.
Tio Júlio era o seu candeeiro predilecto...
Relembro ainda as suas passadas com a carroça que ia lentamente,
A frente dos bois bradando:tio Júlio ia bradando, Oi Estrelo...Oi Redonho...
Seus bois de estimação.
EM UMA FIGURA - TIO JÚLIO EM SEU CARRO DE BOI, SÃO MARCAS DO QUE SE FOI E FICOU NA SAUDADE DOS VELHOS TEMPOS NOS TEMPOS DA VELHA MASSARANDUBA.
Relembro da plantação do arrozal do seu Bertolino,
nosso vizinho, homem que não gostava de nossa família,
Sempre se tinha uma encrenca com ele, mas sempre se perdoavam...?
Relembro com saudades da de sua filha, Oh Beli... você ficou na saudade!
Você foi a minha primeira namoradinha dos tempos de inocência...
Você foi o meu primeiro morgado dos amores,
Brincávamos juntos e juntos queríamos ficar,
Mas o destino quis nos contrariar...?
TEMPOS DA VELHA FERRARIA, TEMPOS DE MALHAR O FERRO COZIDO,
TEMPOS DE FERRAR OS CAVALOS ETC.
Figura abaixo nos mostra o tempo em que se ferrava os cavalos para o trabalho, era da chmada de tração animal. Cavalos que eram preparados para puxar as carroças e os velhos carroções de morro acima e de morro abaixo. De S. Bento para Jaraguá do Sul etc.
Relembro do tio Edmundo e de sua Ferraria,
Todos os dias de manhã até a noite,
Lá estava o tio Edmundo, batendo com força em ferro frio,
Batendo em ferro cozinho e ferro aquecido...coisas do tempo de ferreiro.
Relembro, ele movimentando com o pé no pedal de seu forno,
Seu forno movido a pedaleira manual que fazia os assopro de alta temperatura,
Fazendo os assopro para que o forno bem esquentasse e cozinhasse o ferro-cozido,
que lentamente aquecia com carvão o seu ferro para malhar,
Ainda na saudade vejo as faíscas saltando de seu forno aquecido a carvão.
Estas faíscas ficaram na saudade de tempos que não voltam jamais.
Oh que saudade que me dá! em relembrar o avô sentado na varanda,
olhando e apreciando lentamente as baixadas verdes do arrozal plantado
chamado de arroz do brejo, o arroz que reverdecia e enchia os olhos.
Relembro das conversas e causo na varanda após a ceia,(janta),
Lá estava o tio Antek, lá estava o tio Júlio, lá estava o tio Tomaz,
lá estava o tio José o viajante, lá estava eu e meu irmão Felipe,
Eram nove horas da noite, Epa...! grita o tio Vadek...Lá Vem alguém...?
Quem...? interrompe o tio tio Júlio, vejam... lá vem o seu Lipinski...!
Nosso vizinho e contador de contos e casos que morava no alto da colina.
Assim somos nós... Assim sou eu nos dias de hoje...?
Sou o fruto dos meus velhos pais e avós,
Sou fruto dos erros e acertos dos nossos parentes.
Assim se expressa o Salmista dizendo:
Bem-aventurado é o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios...
Bem-aventurado aquele homem ou mulher que, apesar de tudo sabe honrar
E sabe respeitar, seu pai e sua mãe.
Assim fazendo e praticando, nos advertem os santos Evangelhos:
Terá paz na terra... terá vida longa e tudo lhe irá bem.
Tempo todo eu queria cumprir estes preceitos divinos,
Mas se errei... que Deus me perdoe,
Não sei se pude cumprir ao pé a letra estes santos mandamentos, Deus o sabe.
Mas, uma coisa fiz, creio eu, fiz de tudo para obedecer os mandamentos.
Todos os dias de minha vida eu faço esta oração :
JESUS CRISTO filho do Deus PAI Altíssimo curai a nossa família...
JESUS CRISTO SALVAI A NOSSA FAMÍLIA CZAPLINSKI
SANTO ESPÍRITO CURAI AS NOSSAS FERIDAS INTERIORES,
PERDOAI TODOS OS NOSSOS PECADOS
QUE TE OFENDEMOS POR DURANTE A TANTOS ANOS,
E DAI-NOS A TUA PAZ E A SALVAÇÃO ETERNA!
GRAÇAS SEJAM DADAS A DEUS PAI!
Alfonso Czaplinski
sexta-feira, 9 de abril de 2010
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