terça-feira, 13 de abril de 2010

SALMO 23 FIGURA DO BOM PASTOR !



O MAU PASTOR E O EXEMPLO DO BOM PASTOR !

Este salmo é chamado de salmo das peregrinações, das romarias do deserto das arábias...?

Foi com certeza escrito pelo rei Davi  que viveu em meados dos 1050 a 950 A.C.
Foi com certeza um época muito conturbada.
Os  velhos  judeus procuravam um líder de mão forte
para guiá-los em seu reinado, em sua vida pública.
Tinham uma política mista de Teocracia e Democracia.
Mas, nada dava certo pela maneira de  se governar o país,
em governar uma povo nomade, um povo cigano, cheio de manias,
de governar as tribos, governar um povo,
de governar um povo religioso e muitos com idéias radicais e estranhas.

Foi neste momento que surgiu o pastor de ovelhas Davi,
Davi tem as suas origens de roça, era criador de carneiros e cabras.
Assim ele começa descrevendo a sua poesia para o Maestro Asafe,
da banda de seu tempo dizendo: Se o Senhor é o meu Pastor, nada me faltará...?
Pois somente o bom pastor conhece as suas ovelhas e as suas ovelhas o conhecem...?
Deitar-me faz em pastor verdejantes... guiai-me as águas calmas e tranquilas...?
Ora, este dizer é de um poeta, pois no deserto não se tem verdes pastos e digo mais,
achar no deserto, um campo de verdes pastos...?
É  muito mais difícil, achar águas calmas...?
Isto é, quase impossível,
Somente pela fé se poderá achar um campo assim farto no deserto,
Pois humanamente isto é  quase impossível.

Mas é isto que ele afirma, se o Senhor Jesus Cristo é o meu Pastor, então, com certeza,
Nada poderá me faltar, pela fé eu sinto isso, pela esperança eu aceno para este tempo bom.
Jesus disse: eu sou o bom pastor o bom pastor, eu dou a sua vida pelas ovelhas.
Agora a certeza pela fé, a minha alma começa a ser alimentada misteriosamente e,
como num milagre da multiplicação dos pães no deserto das arábias, onde Cristo Jesus
Alimenta milhares de romeiros e peregrinos que já estavam desmaiando de fome e sede.
Era disto que Davi como pastor estava falando, ele como pastor tinha experiência disto.
Ele era o bom pastor com certeza, ele dava a sua vida pelas ovelhas.

IMAGEM  DO   MAU   PASTOR   DE   OVELHAS
O  MAU   FUNCONÁRIO  DA  IGREJA.
O  PEDUNCHO  DOS  DÍZIMOS  E  OFERTAS  E  DOAÇÕES;
NUNCA  ESTÁ  SATISFEITO  COM  AS  FINANÇAS  DE  SUA  IGREJA,
SEMPRE   QUER  MAIS  DINHEIRO  E  DÍZIMOS,
QUER  COMPRAR  TODAS  AS  EMPRESAS  DE  RÁDIO  E  TVs.  DO  MUNDO.
DIZ  ELE:  É  PARA  EVANGELIZAR  TODOS  OS  POVOS...?


E  O   SEU  TIME  DE  GRANDES  EMPRESARIOS  E  EMPREENDEDORES.

Mas o mau pastor, o funcionário da Igreja, o mercenário, aquele que vive somente para ganhar
o salário dos órfãos e das viúvas, da viúva Igreja, vir os inimigos, os demónios invadindo a
Igreja nada faz, porque não é o bom pastor, está no lugar de pastor, tem o cargo apenas
como uma função, é um administrador de Igrejas, preocupa-se apenas com os dízimos,
não com as ovelhas, esse quando vem chegando o lobo,
logo ele foge, porque não é um verdadeiro Pastor.
O verdadeiro pastor dá a sua vida pelas ovelhas.

OS  LEÕES  E  OUTROS  PREDADORES  ESTÃO  A  ESPERA  DAS  OVELHAS
QUE  PASSARÃO  PELA  ESTRADA  DO   VALE  DA  SOMBRA  DA  MORTE...
PERTO  DAS  ÁGUAS   ESCASSAS  DO  DESERTO  DAS  ARÁBIAS...
TODOS  OS  ANIMAIS  PREDADORES  ESTÃO  A  ESPERA  DAS  OVELHAS
INDEFESAS  E  OUTROS  ANIMAIS  QUE  SÃO  PRESAS  FÁCEIS...?

Refrigera-me a alma... o calor do deserto das arábias, chega aos 50 ou 60 graus ao meio dia.
O calor é sufocante, as ovelhas gordinhas e peludas, cheias pelo seu corpo, devem morrer de calor.
Mas, até neste momento o pastor sabe , cuidar delas e as leva para as sombras, as leva para os
lugares de refrigério, perto de águas cristalina e perto de árvores e boa sombra,
somente as ovelhas poderão receber algum refrigério em seu corpo.

Mas Davi continua em nos descrever e mostra que o bom pastor faz algo mais,
Quando as ovelhas comem o bom capim e verdejante eles sentem muita sede.
Elas querem beber água e muita água, agua a vontade, mas, aqui mora o perigo.
Todos os animais querem se alimentar, o leão o lobo, os chacais do deserto etc.
Estes animais predadores sabem que a melhor hora e o momento de caçar é a hora
das águas, do beber a água gelada a beira de um rio de águas tranquilas,
tranquilas é a maneira de se dizer: Diz-nos a bíblia o inimigo ruge como um leão...?
Está sempre pronto para nos atacar, fica sempre as escondidas, fica nos espiando:
Qual será a melhor hora de atacar ...?
È com certeza, a hora do nosso almoço, a hora em que estamos bem distraído e cansados e
sonolentos, daí, o inimigo vem nos atacar.
Davi nos fala de que o bom pastor fica de olho e com a sua segurança redobrada quando
ele ia levar as ovelhas para beber água,...?
Davi chamava este vale do rio, vale de pastos verdejantes.... de Vale da sombra da sombra morte,
pois ali todos os animais e todos os inimigos das ovelhas estavam escondidos atrás do capim,
atrás do campos verdejantes, estavam escondidos todos os animais predadores.


Assim acontece connosco hoje em dia meus irmãos: Jesus nos advertiu que, é mais fácil passar um
camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino dos céus.
Hoje em dia temos muitos crentes que vem a sua Igreja somente para ouvir falar de prosperidade,
pensam somente em prosperidade material, não desejam mais a salvação,
a correcção divina, o perdão de seus pecados, o arrependimento e a fé em Cristo Jesus Salvador.
Vale da sombra da morte, é o vale da fartura... vale da prosperidade material, mas o espírito está
vazio e seco, seu corpo é como na figura de linguagem de que falou e nos ensinou o profeta
Ezequiel dizendo: Vale de ossos secos viveu... e o Senhor me perguntou:
Ezequiel poderão estes ossos ter vida novamente.... eles poderão reviver....?
Eu respondi: SOMENTE TU O SABES SENHOR !
Então me disse o Senhor:
Profetiza contra esses ossos secos e dizei-lhes :
Assim diz o Senhor: Ossos secos revivam... em outras palavras, voltem a crença em Cristo Jesus,
Arrependam-se e voltem para Deus.
Assim será connosco irmãos: Se o Senhor Jesus Cristo é o nosso bom pastor
NADA NOS FALTARÁ !

Então meus amigos irmãos e camadas, vamos nos voltar para Cristo e nossa vida irá mudar
para melhor. Ainda que estejamos andando pelo vale da sombra da morte, nada nos faltará.
seu irmão e amigo Alfonso Czaplinski

segunda-feira, 12 de abril de 2010

MASSARANDUBA - MINHAS ORIGENS DE ROÇA

ERAM NOVE HORAS DA NOITE...ALGUÉM CHAMA NO PORTÃO... QUEM VEM LÁ ?

   A  CASA  DE  ROÇA   DOS  VELHOS  TEMPOS

Lá vem o seu Lipinski  vem com as suas encomendas mal feitas;
Digo mal feitas, porque eram feitas pela metade, dizia sua esposa;
Sua mulher mandava-o fazer as devidas compras de roça,
Ele nunca comprava o que devia, ele sempre comprava o que não devia,
Assim sempre  reclamava  a sua esposa dona Baranocha (seu apelido)
Seu Lipinski sempre tomava primeiro suas doses da manguassa, marvada pinguinha,
(o seu chlug) que  quer  dizer  trago em polonês,
Daí, contava histórias e casos o dia todo no boteko  do seu Fritz,
Depois, já  noite seguiria a sua viagem para o alto da colina, local onde morava.
Assim  ele  jamais  iria se relembrar de sua lista de compras...?
É claro, se esquecia de tudo ou só poderia  lembrar-se  pela metade de sua lista de compras,
Assim falava  e  reclamava  dona  Baranocha, como se dizia na roça  em sua  Venda.

Naquela época, o tempo não corria  a gente não tinha muita pressa,
Não se contava as horas; Não se contava uma produção feita as pressas...?
Uma produção mal feita, uma produção em série,  produção sem qualidade,
Produtos  de  hoje que são de menos valia para a vida,
São produtos de valor  mínimo  para  a  vida,
São  produtos  com  valor de:  Um  e  Noventa  e  Nove;
Nesta  época  não se corria  atrás  de  tantas  vaidades  da  vida,

Não se andava com o relógio na mão, para se ver as horas,
Olhava-se para o sol, o sol e a lua eram nossos astros guias,
Na contagem dos tempos, na contagem das estações,  na contagem da vida...?
Ou  então, quando  alguém  teimava  em  saber  as  horas;
Olhava-se para a sombra do velho engenho de cana de açúcar,
Mandava-se  que  se  olha-se  para  o  sol ? 
Assim, conforme estava a sombra declinada do sol, se dizia: são doze horas !
Era a hora sagrada, era a hora do almoço; do arroz com feijão e pão de milho,
Com bastante carne de porco com torresmo, mais as saladas de pepinos em conservas;
Tudo  era  feito  em salmoras com bastante sal grosso e vinagre,
Com  bastante  ovos fritos ou  ovos  mexidos, com mandioca amassada frita e meladão.
O almoço sempre era um momento sagrado, se fazia a oração para se agradecer  a  Deus
Pelo pão  nosso de cada dia, tempo de fartura e se dizia:
Deus seja sempre louvado em Nosso Senhor  e  Salvador Jesus Cristo.
A comida era boa, se dizia na  roça  que, o melhor tempero da comida era a fome  que  fazia,
E como se comia...? comia-se um prato, dois, três pratos cheios.
A gente comia para encher a barriga, a gente não sabia se alimentar,
Mas  dizia-se: Vamos encher a barriga, era isso mesmo que a gente fazia.
Sem muita etiqueta, sem cerimonias vazias com  enfeites de  arrogância
das vaidades humanas, a franqueza era uma meta dos cai piras de roça.
A verdade e a honra eram as nossas linhas mestras para a vida.

Tempo de roça  tinha-se mais hospitalidade, mais camaradagem,
As pessoas e as famílias,parece que eram mais amigas, mais prestativas,
Não se tinha a televisão, nem Internet, nem computador,
A conversa na varanda da casa, assim se passava o tempo nas noitadas afora...

Falando em conversas, o seu Lipinski era um especialista,
Ele era como se diz nos ditados:  Conseguia e "transformava o ouvido em vista",
Suas palavras eram contadas em figuras de linguagem,
Que nos faziam delirar de emoção,então,a gente sempre queria ouvir mais outro caso,
Mais outra história, mais outra figura, mais outro comentário...
Eram dez horas da noite, o homem estava falando, eram onze horas da noite,
Mais conversas e rola-papo...rola-papo sem fim...?
Ouvia-se os cachorros do mato uivando nos matagais dos morros,
A lua cor de prata continuava cintilante lá no céu.

Meu velho avô seu Janek Odwazny  que  a pedido de seu Linpinki,
Deveria buscar a Santa Bíblia que era escrita em pononês,
Bíblia esta que datava dos anos de 1898 publicada pela Sociedade Bíblica polonesa,
Era uma bíblia grande com bastante ilustrações, também era chamada de:
História Sagrada, sagrada pelo seu conteúdo e seu respeito que se tinha.

Agora então, não se tinha pressa mesmo, o seu Lipinski já estava um pouco melhor
Depois do seu pórre de cana brava, agora estava melhor,mas, nem tanto...?
Estava como se diz no datado: estava mais ou menos...?
Parecia que o homem se transformava em um grande pregador,
ficava muito  animado com as histórias da bíblia,
Meu avô lia uma passagem  da  bíblia da qual ele muito apreciava   que eu lembro até hoje eram:
Quando  Moisés  lança  as dez pragas  sobre o Egito.
Que mensagem! Aqui parece que a marvada pinga não o atrapalhava em nada, pelo contrário,
Deixava-o  mais animado e  inspirado  para comentar e pregar.
Ele não sabia ler, meu avô era o seu leitor, e ele era o pregador  da  noite,
Que tempo, que momento que ficou na saudade!

Mas aqules anjos que no tempo eu perdí, a companhia deles eu perdi...?
Aqueles anjos que nos guardavam e protegiam em nosso tempo de infância e juventude,
Oh como era consoladora a sua presença cheia de esperança e fé!
È correto a poesia cantada pelo cantor Roberto Carlos que nos diz:
Mas aqueles anjos que agora já se foram, depois que eu cresci...
Meu mundo agora  parece  tão distante...? Depois  que  crescí,
Agora podemos dizer como nos escreveu o salmista:
"O anjo do Senhor acampasse ao redor dos que o temem e os livra..."

Alfonso Czaplinski

sexta-feira, 9 de abril de 2010

MASSARANDUBA VOCÊ ME VIU NASCER E CHORAR?

OH NAQUELE TEMPO...NÃO SE TINHA PRESSA ERAM CONVERSAS DAS NOITADAS SEM FIM !





Muitas  vezes  em  se  tratando  de  fé  em  Cristo   acontece  a  divisão  familiar;
Assim  disse-nos  o Mestre:
 Eu  vim  trazer  a  divisão  familiar  e  eu  vim  trazer
a  espada...(a  espada  da  fé  e  da  justiça)
Vim  trazer  divisão  entre  um  homem  e  seu  pai... Vim  trazer a  divisão
Entre  a  mãe  e  a  sua  filha  e  entre  a  nora  e  sua  sogra...?
Muitas  vezes  os  maiores  inimigos  de  um  homem   estão
dentro  de  sua  casa, no  meio  de  sua  família  e  no  meio  dos  seus  parentes...
Mas  o  seu  Espírito  Santo  na  nova  dispensação  dos  tempos  veio  trazer 
A  boa  mensagem  de  fé  e  reconciliação  familiar.
E  ele  converterá  o  coração  dos  pais  para  os  seus  filhos 
e  reconciliará  o  coração  dos  filhos  para  com  os  seus  pais...
(Textos  de  Mateus  capitulo  10:34-36  e  Malaquias  4:6)

Em  figura  abaixo  nos mostra  a  cidade  natal - Blumenau  dos  velhos  tempos  e  dos  tempos  modernos... mostra  o  estilo  dos  velhos  casarões  das  Festas  de  Outubro - Terra Das  October Fest  e  outras  festas....


Sou Nascido em Blumenau - Terra da Bela Santa Catarina !
Relembro com saudades de meu pai e mãe: do tempo em que se separavam...?
Eu tinha dois anos de idade deste tempo pouca coisa me lembro.
Dizia a nossa "santa mãezinha" em seu coração:
Oh meu Deus ! Oh Meus filhos ! Agora, para aonde iremos nós...?
Um anjo sussurrou-lhe mansamente ao seu ouvido dizendo:
Vamos todos para a casa da vovó Casimira e do avô João Odwazny!
Que  ficava  em  Massaranduba -  povoado  de  Guaraní-Açú.
E, com receio e humilhados lá fomos nós... Seja o que Deus quiser !
Confesso na saudade, que nunca conheci
bem  a  fundo o coração de meu velho pai...
Seu  Stachek, Stanislau Czaplinski e dona Juliana !
Meu velho pai, foi um pai ausente...
Só cheguei a conhecê-lo  de  verdade aos 22 anos de idade,
Ele não permitia, que a gente se aproximasse de sua pessoa...?
Mas acho que, uma coisa faltava ao meu velho pai  era o amor pela sua família.
Minha mãe, dona Juliana fazia o que podia para sobreviver!
Com a ajuda dos avós, tios e amigos fomos criados, graças a Deus !
Éramos quatro filhos ao todo:
Meu irmão Felipe, eu  e as duas irmãs
A Guinha  e a Lu  (apelidos).
Nossas irmãs foram dadas para a adoção:
Como não se  tinha  lugar  para  todos  nós  na  casa  de  nossa  vovò,
Foi  decidido que,  deveríamos  ir  para  a  adoção, isto  é,
Deveríamos  ir para  a  casa  de  alguém...? Somente  não  se  sabia  para  aonde?
A  principio  os  escolhidos  para  a  adoção  era  meu  irmão  e  eu?
Mas  pelas  consultas  prévias  entre  os  nossos parentes   ninguém  nos  queria  adotar?
Os  meninos  eu  e  meu  irmão, todos  os  interessados  em  adoção  diziam:
Ah! mas  se  pelo  menos  fosse  uma  menina  para  nos  ajudar  a  cuidar  da  casa?
Por   esse  motivo  meu  irmão  e  eu  escapamos  do  leilão  para  adoção?
Mas, uma  coisa  estava  decidida, nós  iríamos para  a  adoção;
Minhas  irmãs  ou  eu  meu  irmão; filhos  ou  duas  filhas  seriam  dadas  para  adoção,
Custe  o  que  custasse  assim  dizia  a  nossa  avó;
Aqui  não  temos  lugar  para  todos, acrescentava  a  nossa  avó?
A  casa  de  meu  avô  nesta  época, como  era  uma casa  de  roça  tinha bastante  gente,
Os  meus  tios  quase  todos  solteirões  estavam  em  casa, não  casavam?
Dizia  a  nossa  avó  para  os  seus  filhos  solteirões:
Porque  vocês  não  se  casam, com  tantas  mulheres  bonitas  por  aí...?
Pelos  meus  cálculos  se  tinha  umas  doze  pessoas na casa  do avô,
Dentre  essas  pessoas  dez  eram  homens,
As  mulheres  da  casa  eram:
Minha  mãe  e  minha  avó. Haja  comida  e  roupa  lavada  para  todos?
Dizia  nossa  avó.
Daí, poderemos  ver e  sentir  um pouco um dos  motivos 
E  o  por quê  não  éramos  tão bem  vindos na  casa?
E  o  porque  da  preocupação  constante  de  minha  avó  para  com  toda  a sua família?
Foi  assim  neste  ambiente  e  neste  tempo  de  dificuldades  e  tribulação
Aparecemos  nós  na  casa  de  nossa  avó.
 Mesmo  assim,  a  vida  continua  e  o  projeto de  nossa   adoção  também.
Depois  de  tantas  reuniões  e  discussões  de  família, quem  fica  com  quem?
Ficou  então  decidido: Minhas  duas  irmãs  iríam  para  a  adoção.
Minha irmã Guinha ( 4 anos) foi morar com uma tia em um local chamado Treze de Maio


MASSARANDUBA -SC. TERRA  DAS   ALAGOAS  E  TERRA  DOS   VERDES E  BELOS  CAMPOS  DOS  ARROZIAS, DO  ARROZ  QUE  VEM  REVERDECENDO  DO  BREJO...

Minha irmã Lúcia( 7 anos) foi morar com uma prima em Curitiba.
Minhas irmãs até os dias de hoje não conseguem perdoar a nossa mãe pela adopção...?
Assim diziam as minhas irmãs:
A nossa mãe  dona Juliana nunca ia visitar-nos... ?
Se foi, uma ou duas vezes ,dentro de um período de tempo aproximado de 10 anos?
Assim  o   nosso  tempo  passou   e  a  saudade  veio  atrás...
Foi  neste  momento  que  entra  em  cena  o  tio  Júlio, irmão  de  minha  mãe,
Com  o  decorrer  do  tempo  ele  resolve  nos  adotar  como  um  tio  e  pai-adotivo?
Todos  nós  morávamos  na  mesma  casa  de  roça, casa  de  nosso  avô.
Tio  Júlio  era  um  homem  solteirão, mas  homem  de  um  coração  bom.
Durante  muito  tempo  foi  o  nosso  tio  e  amigo.
Levava  meu  irmão  e  eu  para  as  festas  de |Igreja, Nos  levava  passear  as  vezes,
Contava  as  histórias  para  nós, ia  até  a  Venda-Armazém  de  roça  do  seu  Wolf
E  lá  nos  comprava  as  balinhas, os  capilés, as  gazozas  etc.
Enfim, ele  foi  o  nosso  amigo  por  durante  muito  tempo.
Porém, assim  nos  diz  o  poeta  e  músico:
Mas, as  marcas  dos  desenganos  ficou ... e  só  o  amor  pode  apagar...?
E só  o  perdão aliado  ao  amor  maior,
Podem  fazer  apagar   essas  nossas  dores  do  passado  e  do  presente...?
Sempre  digo  para  as  minhas  irmãs: Ninguém  neste  mundo  é  perfeito.
Deus  é  bom  e  sempre  usa  para  conosco  a  boa  pedagogia  do  sofrimento,
Assim  nos  diz  o  apóstolo  Paulo:
Não  te  deixes  vencer  pelo  mal  mas  vença  o  seu  mal  com  o  bem...
È  isso  mesmo, ter  a  capacidade  na  alma  e  no  coração  para;
Vencer  o  mal, vencer  a  dor  e  vencer  o  abandono  dos  pais,
Fazendo  e  praticando  o  bem, essa  é  a  pedagogia  de  Cristo
Nos  santos  evangelhos. 
Tende  por  motivo  de  grande  alegria  quando  tiverdes  que  passar  por
Várias  tribulações  da  vida: Assim  nos  diz  o  apóstolo  Tiago  porque:
A  tribulação  produz  fé  e  esperança  e  o  amor  maior.
Então, Graças  a  Deus!  com  a  sua  ajuda  nós  vencemos!

Seu Stachek nosso pai como era chamado pelos seus vizinhos,
Gostava de caçar e pescar, gostava também trabalhar na roça...?
Gostava de fazer as festas de comemoração das colheitas de: arroz e feijão etc.
À moda dos índios... a moda dos bugres... como bem dizia meu pai,
Não sei aonde ele aprendeu estas maneiras diferentes de comemoração,
Dizia que foram os índios que o tinham ensinado, qual das tribos ele não sabia...?
Era uma maneira rude de SE dar Graças a Deus, e dizer:
DEUS SEJA SEMPRE LOUVADO,

Se tinha bastante explosões de foguetes e rajadas de balas de revólver,
Como também, bastante tiros com sua velha espingarda de pólvora e chumbinhos.
Relembro a casa onde eu morava, lá no alto do morro, ao lado do Riacho.
A plantação do canavial ao redor da casa da vovó e do avô velho João Odwazny.
Relembro os velhos ranchos de engenho da cana de açúcar !
Dos bois de canga,bois de canga e de trabalho,
o boi Estrelo e o boi Redonho.
Tio Júlio era o seu candeeiro predilecto...
Relembro ainda as suas passadas com a carroça que ia lentamente,
A frente dos bois bradando:tio Júlio ia bradando, Oi Estrelo...Oi Redonho...
Seus bois de estimação.

EM  UMA   FIGURA  - TIO  JÚLIO  EM  SEU   CARRO  DE  BOI,  SÃO MARCAS  DO  QUE  SE  FOI  E  FICOU  NA  SAUDADE   DOS  VELHOS  TEMPOS  NOS  TEMPOS  DA  VELHA  MASSARANDUBA.



Relembro da plantação do arrozal do seu Bertolino,
nosso vizinho, homem que não gostava de nossa família,
Sempre se tinha uma encrenca com ele, mas sempre se perdoavam...?
Relembro com saudades da de sua filha, Oh Beli... você ficou na saudade!
Você foi a minha primeira namoradinha dos tempos de inocência...
Você foi o meu primeiro morgado dos amores,
Brincávamos juntos e juntos queríamos ficar,
Mas o destino quis nos contrariar...?

TEMPOS  DA   VELHA   FERRARIA, TEMPOS  DE  MALHAR  O  FERRO  COZIDO,
TEMPOS  DE  FERRAR   OS  CAVALOS  ETC.

Figura  abaixo  nos  mostra  o  tempo  em  que  se  ferrava  os  cavalos  para  o  trabalho,  era  da  chmada de tração  animal. Cavalos  que  eram  preparados  para  puxar  as  carroças  e  os  velhos  carroções  de  morro  acima  e  de  morro  abaixo. De  S.  Bento  para  Jaraguá  do  Sul  etc.



Relembro do tio Edmundo e de sua Ferraria,
Todos os dias de manhã até a noite,
Lá estava o tio Edmundo, batendo com força em ferro frio,
Batendo em ferro cozinho e ferro aquecido...coisas do tempo de ferreiro.
Relembro, ele movimentando com o pé no pedal de seu forno,
Seu forno movido a pedaleira manual que fazia os assopro de alta temperatura,
Fazendo os assopro para que o forno bem esquentasse e cozinhasse o ferro-cozido,
que lentamente aquecia com carvão o seu ferro para malhar,
Ainda na saudade vejo as faíscas saltando de seu forno aquecido a carvão.
Estas faíscas ficaram na saudade de tempos que não voltam jamais.


Oh que saudade que me dá! em relembrar o avô sentado na varanda,
olhando e apreciando lentamente as baixadas verdes do arrozal plantado
chamado de arroz do brejo, o arroz que reverdecia e enchia os olhos.
Relembro das conversas e causo na varanda após a ceia,(janta),
Lá estava o tio Antek, lá estava o tio Júlio, lá estava o tio Tomaz,
lá estava o tio José o viajante, lá estava eu e meu irmão Felipe,
Eram nove horas da noite, Epa...! grita o tio Vadek...Lá Vem alguém...?
Quem...? interrompe o tio tio Júlio, vejam... lá vem o seu Lipinski...!
Nosso vizinho e contador de contos e casos que morava no alto da colina.

Assim somos nós... Assim sou eu nos dias de hoje...?
Sou o fruto dos meus velhos pais e avós,
Sou fruto dos erros e acertos dos nossos parentes.
Assim se expressa o Salmista dizendo:
Bem-aventurado é o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios...
Bem-aventurado aquele homem ou mulher que, apesar de tudo sabe honrar
E sabe respeitar, seu pai e sua mãe.
Assim fazendo e praticando, nos advertem os santos Evangelhos:
Terá paz na terra... terá vida longa e tudo lhe irá bem.
Tempo todo eu queria cumprir estes preceitos divinos,
Mas se errei... que Deus me perdoe,
Não sei se pude cumprir ao pé a letra estes santos mandamentos, Deus o sabe.
Mas, uma coisa fiz, creio eu, fiz de tudo para obedecer os mandamentos.
Todos  os  dias  de  minha  vida  eu  faço  esta  oração :

JESUS  CRISTO  filho  do  Deus  PAI  Altíssimo  curai  a  nossa  família...
JESUS  CRISTO  SALVAI    A NOSSA   FAMÍLIA  CZAPLINSKI
SANTO  ESPÍRITO  CURAI  AS  NOSSAS  FERIDAS  INTERIORES,
PERDOAI  TODOS  OS  NOSSOS  PECADOS 
QUE   TE  OFENDEMOS  POR  DURANTE  A  TANTOS  ANOS,
E  DAI-NOS  A  TUA  PAZ  E  A  SALVAÇÃO  ETERNA!
GRAÇAS  SEJAM  DADAS  A   DEUS  PAI!

Alfonso Czaplinski

quinta-feira, 8 de abril de 2010

OH QUE SAUDADE DO VELHO TREM - DA MARIA FUMAÇA


TEMPOS  DOS  VELHOS  TRENS  APELIDADOS  PELA  POPULAÇAO   E  CHAMADOS
 CARINHOSAMENTE  DE:
DONA  MARIA  FUMAÇA...
Relembro-me com saudades deste tempo de criança, tempo da inocência,tempo que o tempo não esquece jamais, assim nos canta o poeta. Oh como eu gostava! Ao ver o trem passar, nas estações, nas curvas das encostas dos morros, o barulho dos seus vagões,em especial, como eu adorava ver as pessoas felizes olhando para nós e nos abanando com as mãos e nos dando os adeus, os até logo, os Tchaausss... Oh como era sentimental e romântico!ver a nossa namoradinha nos esperando na estação... nos tempos de roça! Nos anos de 1900 a 1970 ou mais além.
Em nossa região foi a era dos trens a vapor, e os depois vieram as maquinas de trem a Diesel. Nesta época, o trem de carga era chamado de"trem-misto" isto é, o trem levava em seus vagões uma mistura de carga e claro, tinha os passageiros de segunda ou terceira classe, assim era chamado neste tempo. Nesta época, os trens funcionavam a vapor isto é, a maquina do trem era uma enorme caldeira, que puxava os vagões. Maquinista era uma profissão de destaque e respeito. Ouvia-se falar que, um funcionário maquinista antigo de carreira, da extinta (Rede Ferroviária Federal) ganhava um salário mensal em torno de (20 sm)
Maquinista era homem que fazia de tudo para que não faltasse fogo em sua caldeira, para que o trem não parasse a beira do caminho, atrasando a viagem que já era lenta e cheia de conversa e contos em seu interior, tudo era motivo de festa. Nesta época não se tinha pressa. A maquina do trem a vapor, fora apelidada carinhosamente pela população de, dona "Maria Fumaça". Nesta época surgiu o famoso "maquinista Miquimba", era um  mulato apelidado de "comedor", ele era um homem que fazia a rota que vinha desde o porto de S. Francisco do Sul e ia até o Alto da Serra de Mafra Rio Negro SC.
O Miquimba fazia muito sucesso entre a amulherada "mal amada". Diziam os seus amigos e adversários que,quando ele vinha com a sua maquina de trem fazendo, fuk, fuk ou ték... ték..e apitando feliz nas curvas, acrescentado ao barulho dos seus vagões, com os espirros fortes da dona Maria fumaça, com a fumarada que fazia-se em sua volta, a mulherada ao longe, gritava assim:
Vem miquimba .... Vem miquimba... vem miquimba... vem nos amar...? vamos deitar e rolar ! Miquimba como era malandro e apaixonado, trazia em sua sacola cheia de presentes ao seu mulherio.

LÁ   VEM   O  MAQUINISTA   MIQUIMBA   COM  SEU  TREM  ?

Dizem: que ele distribuía ao seu fã clube de mulheres, o que mais elas queriam e gostavam, e tavez, não recebiam em casa de seus maridos. Distribuía: sorrisos... distribuía... abraços, beijos e carinhos, e claro, em sua sacola ele levava os presentes que talvez, mais encantavam a mulherada da época. Eram presentes de perfumes, balinhas, calcinhas e claro , florzinhas, assim as mulheres não resistiam aos seus encantos de "apaixonites" e desmaiavam em seus braços.

Assim caminha a nossa sociedade, assim caminha a nossa humanidade, cheia de carência, cheia de promessas de amores que não se realizaram, cheia alegrias nos casamentos formais que levam aos desencantos, frustrações e separações de casamentos que são mal feitos. Assim nos adverte Cristo Jesus dizendo: Oh geração má e adúltera que está doente e pede um sinal de fé. Não consegue viver em paz em seu lar, em seu casamento, por causa da dureza de seus corações... e seus pecados sexuais. Disse-nos o Mestre dos mestres Cristo Jesus, o nosso Salvador.

Perguntamos: Será que poderemos um dia ter de volta os nossos trens antigos, trem a moda dos velhos tempos de roça...?
Poderemos uma dia ver circular de volta, nem que seja apenas para dar aquele passeio,
Passeio este, que se vinha desde o Porto de São Franciso do Sul e poder ir e viajar sem pressa até o Alto da Serra, Mafra, Rio Negro, divisa PR- SC. etc.
Fico aqui pensando, é certo o dizer daquele poeta que nos canta em sua música da saudade:

Oh que saudade que me dá...!
Oh que saudade que eu tenho...!
da velha cuíca, do pandeiro e do tamborim...!
Oh que saudade que me dá dos velhos tempos!!!
 De emoção, sinto até vontade de chorar!

Eu lhes peço ,meus amigos e autoridades de Santa Catarina e empresário da Malha Ferroviária.
Empresarios que irão comandar os trilhos de trens do futuro e do passado.
Tragam de volta o nosso velho e saudoso Trem!
Tragam de volta, a nossa querida e saudosa dona
"Maria Fumaça" para as viagens de turismo e passeio!
Alfonso Czaplinski